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Vídeo - UFC 133 - Rashad Evans x Tito Ortiz

  • Peso Meio-Pesado: Estados Unidos Rashad Evans vs. Estados Unidos Tito Ortiz
Evans derrotou Ortiz por TKO(Joelhada e Socos) aos 4:48 2º round

Rashad Evans vence Ortiz no UFC 133 e avisa: 'Quero o cinturão de volta'

Em revanche, 'Suga' Evans domina veterano e se coloca como desafiante número 1 ao cinturão dos meio-pesados. Belfort e Natal brilham na Filadélfia


O retorno inspirador de Tito Ortiz durou apenas uma luta. O ex-campeão mundial dos meio-pesados foi dominado por Rashad Evans no evento principal do UFC  133, neste sábado na Filadélfia, e acabou derrotado por nocaute técnico no segundo round. O evento teve ainda as vitórias dos brasileiros Vitor Belfort e Rafael "Sapo" Natal e a derrota de Rani Yahya para o americano Chad Mendes.
Ortiz e Evans haviam se enfrentado há quatro anos, em luta que terminou empatada. Desde então, Ortiz caiu de produção - ficou cinco anos sem vencer, até derrotar Ryan Bader no UFC 132, em julho. O "Bad Boy de Huntington Beach" aceitou enfrentar Rashad Evans com menos de um mês de antecedência, em substituição ao lesionado Phil Davis, e esperava reviver sua carreira vitoriosa, na qual defendeu cinco vezes o cinturão de campeão dos meio-pesados.
No octógono, porém, Evans mostrou porque é o desafiante número 1 da categoria. "Suga", que perdeu o cinturão para Lyoto Machida em 2009 e deveria enfrentar Maurício "Shogun" Rua pelo título em março, antes de sofrer com uma lesão, dominou as ações desde o início, acertando muitos golpes no rosto de Ortiz. Ele teve um belo takedown no final do primeiro round, e Ortiz foi salvo pelo gongo. O veterano ainda surpreendeu no segundo round ao encaixar uma guilhotina, mesma posição com a qual derrotou Bader, mas Evans rapidamente se desvencilhou e voltou para a luta de pé. Depois, acertou uma joelhada no peito que derrubou Ortiz, e o árbitro encerrou a luta por nocaute técnico.
- Me sinto ótimo, sinto que todo o trabalho duro valeu a pena. (A guilhotina) não estava muito apertada, consegui sair bem - disse Evans, que creditou seu treinador brasileiro de muay thai, Diógenes Assahida, pelo golpe que derrubou Ortiz. O americano mandou ainda um recado para o atual campeão da divisão, Jon Jones, que defende seu título contra Quinton "Rampage" Jackson no UFC 135, em 24 de setembro: - Quero enfrentar o Jon Jones e quero meu cinturão de volta. Seja ele que o tenha ou o Rampage Jackson, eu vou pegar meu cinturão de volta.


[RaioX] UFC 133: Rashad Evans x Tito Ortiz


Válida pelos meio-pesados (até 93kg), os norte-americanos Tito Ortiz e Rashad Evans farão a luta principal da noite no UFC 133, de sábado (6), em evento que já entra para a história como um dos mais atribulados e passíveis de mudanças na programação da história do esporte. 
Além de atestar revanche do primeiro combate, que terminou empatado, em 2007 (UFC 73), o vencedor do novo desafio fica próximo de garantir vaga para a disputa de cinturão da categoria, em posse atual de Jon Jones (que enfrenta Rampage Jackson na edição 135, em setembro). Abaixo, analisamos alguns fatores que podem fazer a diferença. Confira!
(In)Definições
            Rashad Evans x Tito Ortiz será o produto final de um histórico recente repleto de episódios de contusões, substituições, ameaças de demissão e superação.
Tente entender a breve incidência de reviravoltas: Evans lutaria contra Maurício Shogun pelo título dos meio-pesados (na época em posse do brasileiro), no UFC 128, em março deste ano. Mas um joelho contundido o fez declinar da luta apenas seis semanas antes.
Jon Jones foi chamado para substituí-lo. O prodígio venceu Shogun e faturou o cinturão. Assim, Evans estava automaticamente credenciado para o desafio contra o novo campeão neste UFC 133, mas Jones lesionou a mão em treino e adiou o embate. Phil Davis então entra como novo substituto, mas também tem de abandonar o duelo por ter se machucado na preparação.
O brasileiro Lyoto Machida, ainda sem compromissos agendados no segundo semestre, é sondado para encarar Evans, mas alega pouco tempo para treinar e não aceita a luta. Tito Ortiz - que não vencia há seis anos - enfrenta Ryan Bader literalmente 'para salvar o emprego' no UFC 132 (2 de julho): vence por finalização (guilhotina, ou estrangulamento invertido) e também é convidado. Após relutar inicialmente, confirma a empreitada um dia depois e a nova disputa é oficializada (ufa!).
Duelo de popularidade
            Dentro do octógono estarão dois lutadores que geralmente despertam amor e ódio sem meio-termo entre fãs e especialistas. Temperamental e rancoroso, Ortiz já protagonizou diversos episódios de rusgas e mais rusgas com o chefão Dana White. Mas um parece não conseguir viver sem o outro. Puro marketing ou troca de conveniências? Vai saber.
De forma condizente ou não, Rashad é grande causador de sono nos aficionados mais radicais, que consideram o estilo mais dinâmico de lutar muito apático e contundência. O tom provocativo usado contra os adversários também não é bem visto por muitos, que o consideram pouco carismático ou 'forçado' demais.
Mudanças radicais?
            Na primeira vez que se enfrentaram, em 2007, Ortiz e Evans fizeram combate amarrado e repleto de advertências do árbitro. No fim, foi decretado empate. E de lá para cá, não dá para notar mudanças significativas na prática. O estilo de ambos têm características bem definidas e se reforçam mais em aspectos subjetivos, como amadurecimento técnico e imposição de ritmo dentro do octógono.
Ortiz é um dos entusiastas e aperfeiçoadores na técnica do ground and pound (ataques com o adversário caído). Evans joga mais de acordo com as regras, onde aplica a combinação boxe/wrestling aliada ao padrão de movimentação evasivo.
Handicaps
            Se desvantagem tivesse algum tipo de valor na teoria, Tito Ortiz estaria mais enquadrado neste quesito.  Tudo bem que o preparo específico para o combate foi uma extensão do que havia feito para Bader, mas entrou para o desafio 'por tabela' e deve adotar tática mais prudente e amarrada, com muitos clinches na grade e ataques gradativamente calculados.
Rashad perdeu chance de disputar título, teve de lidar com troca de adversário e arcar com as consequências técnicas e psicológicas causadas por tudo isso. Mesmo assim, vai tentar impor o jogo característico de forma relaxada e socos perigosos na média distância. Por ter características mais básicas e se ater mais em explorar as fraquezas do oponente, o estilo do norte-americano pode ser fator compensador para encobrir a falta de ritmo de luta.
PALPITE
            O trunfo de Ortiz é vir embalado pela vitória - inesperada pelas próprias circunstâncias - sobre Bader. Rashad Evans atualmente tem mais ferramentas que podem levar até a vitória, e deve executá-las de forma eficiente. Isso lhe garante o nocaute técnico no segundo assalto.
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